domingo, 4 de julho de 2021

Cunha: uma cidade repleta de história, arte e natureza!

Estamos vivendo há um ano e meio um cenário de pandemia e embora a nossa vontade de viajar não tenha desaparecido, as possibilidades ficaram sim, um tanto restritas.

Enquanto não é possível retomar as longas horas de voo e os destinos mais distantes, a gente acaba (re) aprendendo a lançar um olhar para o quintal de casa: viagens mais curtas, de carro, dentro do nosso próprio estado ou estados vizinhos.

Confesso que fiz algumas descobertas turísticas interessantes nesse período. Eu, que sempre gostei muito de trekkings e contato com a natureza, passei a explorar um pouco mais esse tipo de roteiro. 

Visitei o Parque Nacional do Itatiaia - estou devendo um post aqui, mas breve postarei; fiz um pedal insano em Campos do Jordão, longe da badalação característica do centro da cidade; fiz algumas trilhas pela Cuesta em Botucatu e mais recentemente, fui explorar Cunha, uma cidade no Vale do Paraíba que acabou me surpreendendo muito pela variedade de opções de passeios para realizar.

Vamos conhecer um pouquinho mais dessa cidadezinha pitoresca?

Cunha fica localizada na Região do Vale do Paraíba e de lá é possível acessar rapidamente o estado do Rio de Janeiro, chegando até Paraty. Isso mesmo! Se você tiver tempo, vale a pena dar uma esticada e fazer uma dobradinha entre essas duas cidades.

Com pouco mais de 20 mil habitantes, a cidade em si não é uma das mais bonitas que já visitei.

Você tem sempre a impressão de que vai despencar de algum morro caso você faça alguma curva rápido demais pelas ruas estreitas. E provavelmente vai mesmo! A cidade se estende por um vale e tem cada subida e descida por lá que não é brincadeira. 

Mas vamos aos atrativos turísticos!


Cunha é repleta de história e natureza. Alguns trechos da Estrada Real, que era utilizada para transportar ouro e pedras preciosas de Minas Gerais para Paraty, passam por Cunha. Confesso que ainda quero dedicar um tempo para percorrer essa estrada, mas esse é tema para uma próxima viagem!

Eu cheguei até Cunha movida pela curiosidade de conhecer o Lavandário, após a leitura de um livro escrito por um amigo, que mencionava esse lugar. Isso mesmo! Em Cunha há um cultivo de lavandas com mais de 40 mil pés de diversos tipos e há flores durante todo o ano

para se observar, devido o sistema de poda rotativa.

  • Lavandas

O Lavandário fica na estrada Paraty-Cunha e as visitações são abertas de sexta a domingo. Vale muito a pena pela beleza do lugar, que tem uma vista maravilhosa para o vale. Também é possível comprar produtos à base de lavanda e outras flores como gerânio, verbena e também experimentar algumas delícias que levam a lavanda em suas receitas, como sorvetes, cafés e bolos. Valores, horários e outras informações, podem ser consultadas na página do Lavandário.

  • Arte cerâmica


Desde 1975, quando recebeu os fornos Noborigama, a  cidade também passou a ser uma referência em arte cerâmica de qualidade. No Brasil, há pouco mais de 20 desses fornos, sendo que 6 deles encontram-se em Cunha. Eu visitei o Ateliê Suenaga & Jardineiro e lá é possível observar o forno. Além do Suenaga, há vários ateliês para visitação e aquisição de peças lindíssimas!

Cerveja

Na mesma estrada do Lavandário é possível encontrar o Ateliê da Cerveja

Caminho do Ouro, onde são servidas cervejas artesanais com aromas nobres e marcantes, feitas com insumos de altíssima qualidade, segundo a página do ateliê. Eu realmente gostei muito da cerveja, do ambiente e também da comida. Recomendo provar a truta ao pesto de pinhão, simplesmente maravilhosa! Eles também possuem um deck superior onde é possível assistir ao pôr do sol, que é um espetáculo a parte. 

  • Belezas naturais

Cunha é cheia de atrativos naturais, sendo uma das portas de entrada do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Cunha). Infelizmente não tive tempo de explorar o parque, por isso quero retornar à cidade com mais tempo. Ainda assim, é possível visitar algumas cachoeiras, que são relativamente de fácil acesso por meio de uma estrada de terra com alguns trechos de calçamento.


Minha opção foi visitar a Cachoeira do Pimenta, que possui várias quedas e uma pequena trilha íngreme bem sinalizada que leva até a cabeceira da queda, formada por uma antiga represa. Gostaria de ter visitado a Cachoeira do Desterro também, mas por algum motivo, passamos batido na placa de sinalização e não a localizamos.

Super aproveitei a cidade nas 24 horas que fiquei por lá, mas ainda há muita coisa aqui na minha listinha que eu quero fazer!

 que faltou fazer?

Trilha até a Pedra da Macela. Dizem que o nascer do sol lá é simplesmente imperdível! Do alto da pedra é possível avistar as baías de Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande, então, imagina só o visual incrível!

Parque Estadual da Serra do Mar: há diversas trilhas que podem ser realizadas. Algumas necessitam de acompanhamento de guia. Na página do parque há informações mais detalhadas.

Vinícola Monte Castelo: situada na mesma rodovia do Lavandário da da cervejaria, é possível degustar vinhos e fazer refeições. Eu fiquei hospedada na pousada que pertence a essa vinícola - Pousada Vinícola Vale do Vinho -  mas infelizmente lá não está acontecendo mais as degustações desde o início da pandemia.

E, pasmem! Cunha tem um Olival! Isso mesmo, um cultivo de jovens oliveiras, também aberto a visitações.

Como vocês puderam observar, Cunha foi uma caixinha de surpresas muito positiva e que merece um texto parte 2 - o retorno!

Me aguardem!

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